No século XIX, o desenvolvimento das ciências exactas e os resultados da sua aplicação trouxeram um enorme prestígio ao conhecimento científico e uma grande crença no progresso. Assim, a fé nas potencialidades da ciência acentuou-se e passou a dominar a vida intelectual da época. Esta filosofia ficou conhecida por Cientismo.
Cientismo:
O cientismo era a crença no poder absoluto da ciência em todos os aspectos da vida.
O cientismo parte de um estrito racionalismo que considera explicáveis todos os fenómenos, não pondo, por isso, limites às possibilidades do conhecimento humano. Segundo esta corrente de pensamento, a ciência constituiria a chave do progresso e da felicidade humana.
O cientismo defendia que o Universo obedecia a uma ordem lógica e funcionava segundo regras determinadas e fixas, que à ciência competia conhecer. Neste pressuposto, considerava-se o inexplicável como fruto da ignorância, não deixando margem à existência divina e a todo o sobrenatural.
Foi neste contexto que Augusto Comte criou o Positivismo.
Positivismo:
Augusto Comte (1798-1857)
O positivismo era a corrente filosófica e científica sistematizada, no século XIX, por Augusto Comte. O positivismo contribuiu para reforçar o valor atribuído à ciência.
Augusto Comte influenciou fortemente o pensamento da segunda metade do século XIX, acreditava nas potencialidades quase ilimitadas da ciência. Segundo Comte, a única chave capaz de abrir as portas ao progresso e ao bem-estar da Humanidade era o conhecimento rigoroso dos factos.
Segundo ele, a humanidade e os diversos ramos do conhecimento passaram sucessivamente por três estados:
- Teológico - em que os fenómenos são explicados pela intervenção das forças sobrenaturais.
- Metafísico - em que se aceita a existência de entidades abstractas, não observáveis, como causa dos fenómenos.
- Positivo - que se alicerça no estudo das leis naturais e invariáveis que regem os fenómenos.
Assim, o Positivismo teve um grande impacto no pensamento da segunda metade do século XIX.
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